PAYT - Pay As You Throw

Os sistemas “Pay-As-You-Throw” (PAYT), constituem um claro incentivo para os cidadãos, por via financeira, para promover a separação na origem e aumentar as taxas de recolha seletiva. Os munícipes irão pagar os serviços de RSU de acordo com a quantidade de resíduos que produzirem, estando portanto sobre o lema “ Quanto mais poluir, mais paga”.

Estes sistemas baseiam-se na aplicação de dois princípios de política ambiental: o princípio do poluidor pagador e o conceito de responsabilidade partilhada. Ambos os princípios, pressupõem que os cidadãos são identificados como agentes envolvidos na cadeia de atividades que levam à produção de resíduos, e que devem pagar pela parte dos custos correspondente à sua parte de responsabilidade na cadeia de consumo.

Estes sistemas baseiam-se em três etapas principais:

  • Identificação do produtor de resíduos com o fim de estabelecer uma cobrança direta;
  • Medição da quantidade de resíduos produzidos ou serviços aproveitados;
  • Aplicação de um modelo de preço unitário para cobrança individual de acordo com o serviço fornecido ou requisitado.


Desta forma, a tarifa de resíduos deixa de ser cobrada sob a forma de uma tarifa fixa e/ou associada a outros fatores e passa a ser cobrada sob a forma de uma tarifa variável, que depende da quantidade de resíduos produzidos e do serviço de recolha correspondente.

É portanto um método mais justo que promove a redução da fração indiferenciada produzida por cada cidadão e o aumento da separação dos resíduos valorizáveis. Além disso, um aspeto importante é a possibilidade de se conseguir diferenciar os cidadãos que colaboram com a redução de resíduos e aumento da deposição seletiva, dos que não colaboram, penalizando os últimos e compensando os cidadãos que se esforçam para reduzir a quantidade de resíduos que produzem.

O que é o PAYT?

O Sistema PAYT ou Pay-as-you-throw, fundamentam o seu preço na porção de resíduos produzidos por cada cidadão.

Os sistemas “Pay-As-You-Throw” (PAYT), devem ser vistos com uma mais valia para todos nós, porque financeiramente promovem o espírito de separação de RSU na fonte e fomentam o aumento das taxas de recolha diferenciada. Trata-se de um processo mais justo que fomenta a diminuição da porção indiferenciada de resíduos, produzida por todos os cidadãos e fomenta o acréscimo da separação dos resíduos valorizáveis.

Assim sendo irá haver uma Taxa variável em vez da Taxa fixa, que será de maior valor consoante o volume ou peso dos resíduos que produzir.

Ferramenta Económica:

  • Estímulo constante à diminuição da criação de resíduos;
  • Melhor adaptação com outras politicas sectoriais;
  • Maior eficiência a nível económico (equilíbrio monetário das autarquias)

Fonte: payt.net / epa.gov

Modelos Sistema PAYT

Existem vários modelos de aplicação de um Sistema PAYT, e estes variam de acordo com as técnicas de identificação do produtor de resíduos e medição dos resíduos produzidos.

  1. Identificação do utilizador: Os meios de identificação podem ser chaves ou cartões eletrónicos. No caso da identificação de carater individual esta técnica permite identificar o utilizador, registando a utilização do serviço para posterior faturação. Nos Sistemas de Câmara, os contentores apresentam uma boca de abertura com dimensão específica que pode ser baseada no volume ou peso dos resíduos.

  2. Identificação do recetáculo: A identificação do utilizador é feita através de dispositivos indexados ao recetáculo.

A quantificação de resíduos pode ser feita por peso ou volume. A quantificação de resíduos pode ser efetuada em esquema individual ou de rotina.

  1. Esquema individual: considera que o volume de contentor está completamente cheio, uma vez que os contentores têm volume conhecido. Assim dá-se a possibilidade aos utilizadores de colocarem os contentores para recolha apenas quando estiverem cheios.

  2. Esquema de rotina: A frequência de recolha é definida pela entidade responsável, sendo contabilizada uma recolha em todos os contentores mesmo que estejam vazios. Desta forma incentiva-se os utilizadores a adquirirem contentores com o tamanho adequado para as suas necessidades.

Outros modelos de sistema PAYT:

  • Sistemas de contentor variável ou de subscrição de contentor: os clientes selecionam o número ou tamanho dos contentores que pretendem, sendo cobrado o serviço em função do volume e/ou número de contentores que possuem.

  • Programas de sacos: os clientes adquirem sacos com as cores correspondentes aos resíduos que pretendem depositar. O custo dos sacos corresponde ao custo de recolha, transporte e deposição de resíduos.

  • Programas de Etiquetas: os clientes adquirem um autocolante específico para os resíduos que pretendem que sejam recolhidos e os mesmos devem estar visíveis ao pessoal de recolha de forma a assinalar que o serviço foi pago.

  • Sistemas híbridos: os clientes pagam a tarifa atual que lhes dá direito a depositar uma determinada quantidade de resíduos que, caso seja excedida, resultará num pagamento adicional.

  • Sistemas de pesagem: estes sistemas funcionam com a utilização de veículos de recolha equipados com um sistema de pesagem de contentores, sendo os clientes cobrados em função da quantidade pesada.

Fonte: payt.info

Esquema de Implementação PAYT

A aplicação de um Sistema PAYT, varia de acordo com as técnicas utilizadas para a identificação do produtor de resíduos e para medição dos resíduos produzidos.

Esquema PAYT

Tipos de Sistema mais frequentes:

Programas de sacos: o utilizador compra sacos de diferentes cores ou com logotipos de acordo com o tipo de resíduos, colocando posteriormente os resíduos para recolha. O preço do saco cobre os custos de recolha, transporte e deposição dos resíduos contidos no saco;

Programas de etiquetas/autocolantes: os munícipes compram etiquetas ou autocolantes, com logotipos personalizados de acordo com o tipo de resíduos a depositar, colocando-os nos sacos correspondentes. Este sistema é cobrado de forma idêntica aos programas de sacos;

Programas de contentores: o munícipe seleciona o número e/ou tamanho dos contentores que necessita para proceder à deposição semanal de resíduos. O serviço é cobrado em função do volume e/ou número de contentores que o utilizador possui.

Sistemas híbridos: os munícipes pagam uma tarifa ou taxa mensal, que lhes permite depositar uma determinada quantidade de resíduos. Se este valor for ultrapassado, os munícipes terão de pagar uma tarifa adicional que varia com a quantidade de resíduos excedentes;

Sistemas de pesagem: estes programas utilizam viaturas de recolha equipadas com sistemas de pesagem de contentores, sendo a tarifa cobrada em função do peso dos resíduos depositados.

Fonte: payt.info

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